Olá, eu sou o Rodrigo “Rato” Péret e este é mais um Esgoto Extremo, o segundo de 2017, ano em que prometi que iria publicar duas colunas por mês aqui no Wrestlemaníacos, mesmo com meu TCC vindo por aí. . Há algumas coisas que preciso analisar sobre as atuais rivalidades e nada melhor do que fazer isso num evento onde muitas destas rivalidades acabarão e outras terão início. Como teremos cerca de 8 lutas neste Royal Rumble (incluindo as duas já anunciadas para o pré-show), o texto pode ficar um pouquinho grande, mas prometo que será interessante. Vamos lá!
Ao observarmos os vencedores dos últimos 5 Royal Rumble’s, vemos que um nome está um tanto deslocado dos outros. Temos lutadores consagrados como Triple H, Batista (seja lá o que você achar dele) e John Cena. Temos o queridinho da WWE Roman Reigns e por fim temos… Sheamus? Você aí, lembra qual foi o ano em que Sheamus venceu o Royal Rumble Match? Foi em 2012, e apesar desta luta ser o símbolo máximo da ida de um lutador ao topo da cadeia alimentar da WWE, chegamos a 2016 e a primeira luta de pré-show envolve justamente um antigo vencedor do Royal Rumble, disputando o ainda-não-suficientemente-valorizado cinturão de duplas, ao lado de um também não-valorizado-suficientemente Cesaro.
Voltar ao midcard após fracassar no Main Event é positivo para Sheamus, que tem a oportunidade de se renovar como personagem ao lado de Cesaro, em uma dupla que tem trazido um ar novo para a divisão de duplas da Raw, que assim como todas as divisões da brand sofre com a incapacidade da WWE de organizar um show de 3 horas semanalmente, enquanto o Smackdown faz shows cada vez mais interessantes com apenas 2 horas de duração. Reparem que temos duas lutas femininas da Raw neste Royal Rumble, mas a única luta feminina do Smackdown (Time da Becky Lynch contra o time da Alexa Bliss) conseguiu criar algo mais interessante mesmo com o tempo reduzido. O mesmo se vê nas lutas valendo os cinturões principais de cada brand. Ou você está mais empolgado para ver Kevin Owens contra Roman Reigns do que AJ Styles contra John Cena? Só a Raw atual para envolver 2 cinturões em uma única rivalidade e mesmo assim se centralizar em apenas 3 lutadores o tempo inteiro. Tudo bem, a gente entende que o Roman Reigns vai estar sempre no topo, a rejeição que o público tem por ele é um tanto quanto exagerada… Mas pelo amor de deus, colocar os dois cinturões mais importantes da brand nas mãos dele é pedir pro público criar uma rejeição ainda maior por ele! Há uma grande quantidade de atletas que ficam sem ter o que fazer porque o cinturão acaba rodando na mão de apenas 3 deles, o que, pra um show de 3 horas, é um porre, mesmo com Chris Jericho e Kevin Owens sendo quem são. John Cena e AJ Styles aparecem pontualmente no Smackdown, e a história dos dois está muito melhor desenvolvida do que a do trio do Raw. Definitivamente não é à toa que a brand azul lidera em audiência atualmente.
Ah, e falando em problemas envolvendo o tempo mal administrado da Raw, ainda há a divisão Cruiserweight. Na época em que ela estava para surgir, todos estávamos empolgados. “Uau, vai voltar a divisão de cruiserweights!” Hoje, eles são o momento em que você espera para poder ir ao banheiro. Esse desinteresse do público poderia ser tema de uma coluna separada, porque é impressionante ver como uma divisão cheia de talentos consegue ser um fracasso total, ao ponto de muitas vezes o público nem reagir direito. Talvez você nem esteja lembrado que Neville e Rich Swann irão lutar pelo cinturão neste domingo, mas eu não te culpo, já que apenas Jack Gallagher conseguiu se sobressair um pouco neste fracasso que tem sido a divisão. Criar um show exclusivo para a divisão não soluciona nada, visto que faz com que apenas os assinantes do WWE Network tenham acesso a esses lutadores, visto que por mais que seja um desejo da WWE que todo mundo assine seu canal, boa parte das pessoas ainda não faz isso.
Agora que vimos um geral do resto do evento, vamos falar um pouco sobre a luta que dá nome ao evento. A Royal Rumble Match deste ano promete ser uma das melhores da história, com veteranos como Goldberg, Brock Lesnar e Undertaker confirmados, bem como outros 19 nomes já confirmados, que incluem desde o irritante Mojo Rawley ao muito bem protegido Braun Strowman, que vai se estabelecendo como novo Big Man da empresa. Dentre os atuais 22 já confirmados temos espaço para vermos o desenvolvimento da ótima história entre Randy Orton, Luke Harper e Bray Wyatt, a nova personalidade heel de Dolph Ziggler, a calvície disfarçada de Baron Corbin e, é claro, a continuação da história entre The Miz e Dean Ambrose. Vários destes 22 lutadores possuem chances reais de vitória, o que torna a luta ainda mais imprevisível.
As 8 vagas restantes podem ser preenchidas por outros lutadores do plantel, por aparições surpresa de ex-lutadores, potenciais retornos (Finn Balor, talvez?) e até mesmo a possível estreia de Samoa Joe, muito cotado para subir para o plantel principal e reviver sua rivalidade com AJ Styles. Com o hype lá no alto há o risco de a luta não ser tão legal quanto esperamos, mas ao menos a expectativa é positiva. É impossível arriscar um palpite para a luta, visto que são imensas as possibilidades (boas e ruins). Só espero que a empresa não invente de fazer Big Show vencer, ou alguma trapalhada do tipo.
E aí, quem você acha que vence e/ou retorna neste evento? Será que o Raw tem solução, ou vamos continuar com 3 horas quase insuportáveis na segunda-feira, enquanto na terça temos um ótimo evento? Você acha que o Baron Corbin um dia vai aceitar que está ficando careca, e raspar a cabeleira? Opine abaixo e até a próxima, e bom show para todos!
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