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Os bastidores do retorno de CM Punk ao pro-wrestling

Hoje a ESPN americana publicou um texto contando como ocorreram todas as negociações entre CM Punk e Tony Khan, dono da AEW, para o retorno de Punk ao pro-wrestling, ocorrido na segunda edição do Rampage, show semanal da AEW que ocorre às quintas feiras. A matéria completa (em inglês) você confere clicando aqui, mas nós do Wrestlemaníacos separamos algumas partes interessantes.

O primeiro contato entre CM Punk e Tony Khan aconteceu um dia depois do Natal de 2018 em Chicago, já que assim como Punk, Tony Khan também é de Chicago, Illinois. Isso era uma semana antes do anuncio por parte de Khan da criação da All Elite Wrestling e o dono da AEW já queria que Punk fizesse parte da empresa, porém naquele momento CM Punk ainda demonstrava um pessimismo sobre o pro-wrestling em geral, muito em parte graças à forma conturbada na qual ele saiu da WWE em 2014. Punk queria ver como a AEW ficaria antes de pensar em qualquer possibilidade de retorno.

Punk fala sobre o que fez ele se desmotivar do pro-wrestling:

“Para mim, honestamente, não tem que ter essa parada de “os caras” (termo utilizado no wrestling para se referir aos lutadores), se existe isso “dos caras”, tem de haver uma união. E muitas das vezes você vê as pessoas recebendo um tratamento injusto em um lugar cheio de pessoas que vão estar pedindo ajuda. E eu era uma dessas pessoas.

Os negócios sempre vão ser os negócios. Eles foram criados dessa forma. Eu sempre disse para os lutadores, você tem que se proteger. Você não pode esperar que outras pessoas venham até você te ajudar. Eu descobri isso pelo pior jeito possivel. Ainda tem várias pessoas que isso ainda acontece. Você pode ser leal a uma empresa que não urina nas suas cinzas se você é queimado vivo ou você pode apenas garantir que no final do dia você estará feliz e saudável.

No começo de 2019 Dana Salls Cree, uma sorveteira de Chicago que havia acabado de abrir a Pretty Cool Ice Cream recebeu uma mensagem de CM Punk perguntando se ela tinha capacidade de produzir 20 mil picolés, e ela disse que sim. Porém Punk não levou a negociação pra frente pois ainda não estava com cabeça para um retorno ao pro-wrestling e a AEW ainda não estava consolidada. Em 2019 Punk ainda participaria do programa da Fox WWE Backstage junto da Renee Young mas devido a pandemia o programa foi descontinuado.

Tony Khan queria que Punk retornasse no All Out, mas Punk sugeriu a data de 20 de agosto para Khan pois o United Center estava vago nesse dia. Em 2 de Agosto Punk então faz o pedido de 15 mil picolés que daria um valor de 84 mil dólares pagos por CM Punk, que ainda ganhou um desconto no negócio, mesmo sem ter nenhum contrato assinado com a AEW naquele momento.

Segundo Tony Khan, Punk queria que sua aparição fosse surpresa.

“Eu então propus pra ele que isso fosse o segredo mais mal guardado do wrestling, mas ainda um segredo. E a real pegadinha nisso é que você pode estar 99% certo que ele iria aparecer, mas ainda tinha aquele 1% de duvida de que ele não estaria lá, e isso foi o que fez a reação do publico ser tão eletrizante.”

Uma hora antes do inicio do Rampage, CM Punk estava nos backstages sendo instruído por seu advogado que só aparecesse no show com o contrato assinado, o que ele fez 30 minutos antes de sua estréia. A camiseta de CM Punk já tem mais de 100 mil unidades vendidas e com pedidos vindos de Malta, Malásia e Emirados Árabes Unidos. O Instagram da Pretty Cool Ice Cream amanheceu no dia seguinte com 90 pedidos de picolés, de lugares como Colômbia e Itália. Pessoas estavam vendendo a embalagem do sorvete no eBay por 800 dólares.

CM Punk retorna aos ringues nesse domingo no All Out, onde enfrenta Darby Allin.

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