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Big E e os fins corretos para meios injustificáveis

Ao final do Monday Night Raw desta última segunda feira (13/09) nós fãs de pro-wrestling conseguimos terminar de assistir ao episódio do show da brand vermelha da WWE com um sentimento que há muito não florescia dentro de nós: Big E fazia seu cash-in e conquistava o título mundial da WWE pela primeira vez em sua carreira, com pelo menos uns 6 anos de atraso diga-se de passagem.

O sucesso do cash-in de Big E vem como uma brisa fresca num show cada vez mais sofrível como o Raw e realizado de uma forma que só serve para explorar a bagunça que anda dentro da empresa, mas que graças ao tamanho que possui, consegue achar as saidas fáceis de seus problemas. Sendo um lutador face do plantel do SmackDown, a construção do Big E dentro da empresa impossibilitava que o mesmo tivesse “star power” suficiente para um cash-in tivesse sucesso contra um Roman Reigns completamente overpower, então é hora de improvisar.

Os títulos mundiais não estão mais atrelados aos shows e a situação de ter os dois títulos em uma mesma brand pode se repetir como há alguns anos quando os dois títulos passaram algumas semanas no Raw. Pra resolver isso a WWE tratou de anunciar no mesmo show que o Draft da empresa acontecerá em 01 e 04 de Outubro. Com uma concentração clara de talentos no SmackDown, Big E pode voltar para os shows de sexta com o ouro em sua cintura e deixar Roman Reigns dominar as noites de segunda-feira. O site WrestleVotes havia revelado em Junho que uma das ideias da WWE era transformar Big E em campeão após o Summerslam e fazê-lo se reencontrar com a New Day, não atuando como uma stable mas mantendo Kingston e Woods no mesmo show, como uma ajuda ao campeão.

Já passava da hora de colocar um título principal nas mãos de Big E: Uma habilidade dentro do ringue assustadora para o tamanho e força do lutador e um dos perfis mais eletrizantes dentro do roster, Big E junta uma imponência dentro do ringue a um carisma impressionante, uma das pessoas que dá mais prazer de torcer por durante os eventos da WWE. É o personagem perfeito para revitalizar o título mundial que andava em baixa nas mãos de Bobby Lashley, por culpa da própria WWE.

Quando Lashley ganhou o título o potencial era impressionante: Com uma Hurt Bussiness fazendo um trabalho de stable que não se via na WWE desde o auge da New Day e uma storyline sólida para mudança de títulos com Drew McIntyre, Lashley tinha potencial demais. Mas a WWE parece gostar da própria demolição, e além de destruir a Hurt Bussiness e todo o entorno de Lashley, ainda faz questão de o colocar em uma feud ridícula de ruim contra um idoso Goldberg.

Com uma passagem histórica de título de Lashley para Big E, já que é a primeira vez que um lutador negro perde o título mundial para outro lutador negro, fica a esperança da WWE abrir os olhos da oportunidade que é ter um hypadissimo Big E como campeão mundial e as possibilidades de defesas de reinado que isso traz. Se a WWE acerta no momento (Por mais que se faça um anúncio do cash-in antecipado nas redes sociais, o que a princípio parece burrice mas faz todo o sentido com o posicionamento face de Big E, algo que o John Cena tambem fez quando teve a maleta em mãos) e na situação pela qual fez Big E campeão, é torcer para ela não repetir o fim de outro momento histórico: Quando Kofi Kingston venceu o título mundial em plena WrestleMania mas perdeu o cinturão em uma luta RIDÍCULA para Brock Lesnar, onde foi praticamente squashado. Don’t you dare be sour, WWE.

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