Fala povo, tudo beleza? Passando por mais este fim de semana, resolvi falar um pouco sobre o Wrestling Feminino no geral, não só de lutadoras específicas – isto porque eu estive no evento da SWU – o primeiro dia,claro – e comecei a pensar em tudo o que eu passei até agora. Então, acompanhem e espero que sintam o que eu sinto ao fim disto, boa leitura.
Eu desde que comecei a me apaixonar por Pro Wrestling, eu nunca entendia porque sempre eu ia pro lado mais masculino do que o feminino. Eu sempre me pegava vendo mais lutas e promos de homens e muito pouco de mulheres, caras como Undertaker, Ric Flair, Stone Cold Steve Austin e HHH estavam na minha lista de views no Youtube todo o santo dia e isto era algo que sempre me deixava, de certa forma, bastante surpresa. Eu não sabia o que era que estava faltando, mas eu sempre achava que precisava de um algo a mais, algo que me fizesse sentir que eu era parte daquilo, que estava certa em amar aquele esporte.
No que eu comecei a me aprofundar mais, fui descobrindo um lado que eu não tinha conhecido: o lado do Pro-Wrestling feminino, onde eu acabei descobrindo também a minha primeira musa inspiradora, uma pessoa que me ajudou a moldar o meu estilo do ringue e a minha noção de Storyline..quem é ela?
Sim, Lita. Amy Christine Dumas foi minha primeira musa inspiradora. O seu jeito de mostrar o quanto uma mulher poderia ser diferente de outras e ainda sim se equiparar com homens me deu uma sensação de confiança, me mostrou que eu não precisava ser extremamente diferente para ser menos feminina e que eu podia ser eu mesma, sem me preocupar em ser extremamente feminina ou cheia de frescuras – como muitas mulheres na época eram – e eu gostava disso. Essa paixão que eu sentia por ela me levou a começar a gostar de Wrestling feminino e me fez procurar por mais, porque eu precisava daquela sensação de empoderamento que Lita me passou.
Porém, o que eu não esperava, fosse que eu iria me decepcionar – e muito – com os anos que se passavam. Onde estava todo aquele empoderamento que eu via com a época de Chyna e Lita? Onde estava aquelas mulheres que estavam de igual para os homens? Eu digo onde estavam, se tornando um show a parte, mas com a atenção voltada para as modeletes. Eu não queria ver aquilo, queria ver as mulheres poderosas, as que lutavam de igual para igual com homens e roubavam a cena, mas essa época me tirou isso.
Mais um tempo se passava e eu ainda não me sentia satisfeita com o que o Wrestling feminino estava proporcionando, pois ainda era focado em mulheres femininas demais ou frescas demais, que já não tinham todo aquele diferencial que eu tinha me apaixonado antes. Mas ai, vieram mais duas pessoas na minha vida, que me trouxeram – novamente – aquela paixão que eu sempre tive por Pro Wrestling feminino e me provaram que personagens nem tão femininos assim também podem conquistar um público mais aberto. Quem são?
AJ Lee e Paige. Duas Wrestlers que, mesmo com pouca idade, fizeram mais do que muita modelete fez em todos os seus anos e anos de carreira. AJ Lee trouxe sua gimmick de gamer para o mundo do Pro Wrestling – “Eu quebrei tetos de vidro e destrui portas” – e fez com que o respeito imperasse pelo Pro Wrestling, juntamente com a desmistificação do que era o belt frufru, o tal do Divas Title. Paige – sua sucessora – trouxe algo mais fresco, uma novidade que muitas das mulheres no roster aquele tempo não tinham – um frescor tanto de personagem tanto quanto de move ser – mesmo que depois ele ficou bastante estagnado.
O fato de ter essa transformação me deu esperanças e me fez acreditar de novo, eu sentia que o empoderamento feminino tinha voltado e que a época que eu tanto amava já estava presente novamente. E com a chegada do NXT – o real – pude conhecer novas mulheres e suas personagens – Sasha Banks, Charlotte, Bayley, Asuka, Becky Lynch, Liv Morgan… – cada uma era em seu padrão e não no padrão que sempre foi imposto e colocado para todas. Não se tinha mais um único molde, se tinham vários, cada um no seu jeito e no seu formato e era isso que eu sempre busquei: a valorização das diferenças.
Neste último termo, comecei a me deparar com mais algumas federações de Pro Wrestling – TNA, Lucha Underground e Shimmer – e elas me trouxeram a minha última inspiração, a máxima, que me segue até hoje e me faz querer crescer cada vez mais como uma Pro Wrestler – ela é dinâmica e diferente dos padrões e tem um personagem que incorpora todo o empoderamento que eu busco em minhas inspirações para ser uma lutadora. Senhoras e senhores, minha musa mor:
Ivelisse Veléz. Simplesmente uma das melhores Wrestlers na atualidade, ela quebra padrões e não está nem ai com o que pensam dela. Pois é, ela simplesmente quer provar que é a “vadia mais durona de todo o mundo” e pra mim ela consegue. Seu jeito meio turrão pode parecer ruim para alguns, mas eu tenho conversado com ela via Twitter e ela é um dos seres mais maravilhosos que temos neste mundo e pra ela eu digo: Esse sim é o exemplo puro de empoderamento feminino no Pro-Wrestling.
E ai, o que acharam? Comentários, críticas e sugestões abaixo e…como sempre…
ATÉ SEMANA QUE VEM!
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