Gravado em São Paulo, o filme brasileiro Skull – A Máscara de Anhangá estreou nos Estados Unidos no último dia 22 de maio como parte do festival de cinema Chattanooga Film Festival, que este ano ocorreu digitalmente. O longa foi elogiado pela crítica especializada no terror.
“Felizmente, o assassino mascarado parece incrível, e os efeitos práticos sangrentos são bastante surpreendentes para um filme que não poderia ter um grande orçamento”, exaltou o site Bad Feeling Magazine.
Rurik Jr. ganhou bastante elogios do Dead Central: “O homem dentro da máscara não deve permanecer anônimo porque o Brasil pode ter encontrado sua versão de Kane Hodder no lutador profissional Rurik Jr.”, que ainda acresentou: “Se houver sequências (e definitivamente há uma abertura), os cineastas seriam espertos em manter Rurik Jr. no papel, para que ele tentasse se igualar à sequência de quatro filmes de Kane como Jason Voorhees. O que posso dizer, o homem é simplesmente uma alegria de assistir enquanto empala os frequentadores da festa com seu machado profano preso a uma corda do intestino.”
“Uma das melhores cenas é uma briga entre a máscara e um padre, onde eles estão em silhueta na frente de um vitral gigante”, disse The Aisle Seat, valorizando a atuação dos wrestlers.
O ScreenAnarchy, outro site especializado no gênero, também comparou o ex-campeão Internet da BWF ao ator que interpretou Jason em filmes da franquia Sexta-Feira 13: “Skull parece formidável, construído como um Kane Hodder brasileiro, e fica cada vez mais nojento, pegajoso e repugnante ao reivindicar mais vítimas nas ruas de São Paulo”.
Skull – The Mask, como é chamado internacionalmente, foi incialmente adquirido pela distribuidora Cinestate no Fantaspoa 2018, festival de cinema de fantasia e horror que acontece em Porto Alegre-RS. Porém, agora quem comanda a sua exibição internacional é a canadense Raven Banner.
Veja também: Holofote Wrestlemaníacos #6 – Matths Alves
O ex-campeão Brasileiro da BWF Rurik Jr. faz o papel do personagem principal Skull, mas a participação da empresa brasileira de luta livre não para por aí.
Bob Júnior, o dono da BWF, foi o coordenador de cenas de luta, e cerca de 10 lutadores, como Acce, Victor Boer, Albert, Big Boy, Yan Karlor, Max Miller, além de dois alunos da equipe paulista, participaram como figurantes.
O slasher nacional é dirigido por Kapel Furman e Armando Fonseca, especialistas em efeitos especiais que comandam o Cinelab, reality show que vai ao ar atualmente nos canais a cabo Syfy e Studio Universal.
Raphael Borghi, que completa o trio do Cinelab, é um dos produtores. A BWF fez participações em episódios nas três temporadas do programa, que foram aprovadas pelos realizadores.
Sobre o Cinelab: o reality acompanha o desafio de três experts em efeitos especiais para realizar cenas de ação com grandes efeitos, baixo orçamento e muita criatividade. A cada episódio, Kapel, Armando e Raphael reproduzem cenas de ação como tiroteios, perseguição de carros, explosões e ataques zumbis, em curto de tempo e com pouca verba. O resultado são curtas-metragens cheios de criatividade.
Veja também: Taynara Conti fará parte de jogo de wrestling
“Eles me procuraram pois queriam que a gente participasse com eles no filme, por uma questão até de consideração e por que viram que todos os lutadores da BWF tinham qualidade. Eles não queriam cenas de lutas iguais às de filme, queriam golpes de telecatch, que fossem diferentes dos outros filmes. Então ficou até mais fácil pra gente”, contou Bob Júnior ao Wrestlemaníacos.
Bob ajudou os cineastas na escolha de quem interpretaria o protagonista: “Me perguntaram quem eu indicaria pra ser o Skull. Fiz algumas indicações de lutadores de grande porte, Rurik estava entre eles e foi o escolhido”, revelou.
Ele falou sobre sua experiência como coordenador de cenas de luta: “Me deixaram muito à vontade pra escolha desses lutadores [que participaram]. Foi bem tranquilo por isso, por a gente conhecer eles, e conhecerem a gente, fizemos uma coisa que não fugiu muito da luta livre. Lógico, teve todo um trabalho, o Beto [Rurik] mandou muito bem como Skull, teve uns desafios, explosão, fogo e tal. Foi bem gratificante, bem legal mesmo”, disse.
Bob Júnior também comentou sobre trabalhar com atores nas cenas, além de seus lutadores: “Thiago Stechinni [ator] já tinha feito cenas de ação em outros filmes, já um outro não sabia nada de queda, de luta, etc. Então nós fizemos um trabalho com eles na academia”.
Além de Rurik, Natalia Rodrigues, Wilton Andrade, Ivo Müller, Guta Ruiz, Gilda Nomacce, Ricardo Gelli e Tristan Aronovich compõem o elenco de atores. Kapel e Armando não só dirigem, mas também escrevem o roteiro. Confira a sinopse:
Em 1944, um artefato místico é usado durante um experimento militar. Segundo as lendas, o tal artefato, a Máscara de Anhangá, é capaz de invocar o carrasco de Tahawantinsupay, um Deus pré-colombiano. A experiência, no entanto, dá errado. Anos depois, a Máscara surge em São Paulo, onde possui um corpo e começa a cometer sacrifícios viscerais por vingança, iniciando um banho de sangue.
Ainda não se sabe quando o filme estreará no Brasil. Você pode conferir o trailer abaixo:
Loading…