Após muito tempo de procrastinação, chegou a segunda edição do “Guia NJPW”, apresentado por mim, Tomás Ribeiro!
Ao sabermos “fugir” da barreira linguística do japonês na primeira edição, vamos partir para o segundo passo nessa caminhada. O passo sendo a introdução dos grandes eventos da New Japan Pro-Wrestling.
A realidade é que não existem os “Big Four” (Grande Quatro) como há na WWE (onde têm Survivor Series, SummerSlam, Royal Rumble e Wrestlemania). A NJPW tem vários eventos que, por si mesmos, carregam sua própria importância. Mas, definitivamente existem 4 eventos que são de grande peso dentro da NJPW, sendo os tempos onde se torna realmente emocionante para quem acompanha a empresa! Nessa edição, iremos então introduzir os 4 maiores eventos da NJPW!
Embora possa ser uma escolha um tanto subjetivo, a New Japan Cup é definitivamente um evento que todos os fãs da empresa levam em atenção. É o mesmo torneio que levou a vários lutadores em ascenção atingirem seu apógeu (eg: Tetsuya Naito, Kota Ibushi e Zack Sabre Jr.), como levou a vários lutadores já compostos terem sua chance por um título (eg: Hiroshi Tanahashi, Shinsuke Nakamura e Kazuchika Okada).
A New Japan Cup costuma acontecer durante Março de todos os anos, sendo um torneio de estilo clássico com 16 lutadores. O vencedor de dito torneio poderá escolher lutar por qualquer título que desejar! A luta pelo título sendo na Sakura Genesis… Mas, não esse ano. Em 2019, a luta pelo título á escolha do vecendor da copa será efetuada no G1-Supercard!
Dominion já vem a ser por 2 anos consecutivos o melhor evento de pro-wrestling! Sendo o evento onde todos os títulos (por norma) são defendidos, a Dominion é sem dúvidas o evento que tem feito não só a NJPW congelar como o mundo de luta livre.
É no mesmo evento em que temos o combate entre o vencedor da Best Of The Super Juniors (torneio de round-robin feita pela divisão de peso leve) e o IWGP Junior Heavyweight Champion pelo título, que promete sempre um grande confronto entre dois dos melhores lutadores dentro da divisão.
Podemos ver o evento como um SummerSlam, comparando ao calendário da WWE. Um evento no meio do ano, nomeadamente em Julho, onde grandes histórias iniciadas pelo início do ano chegam a sua conclusão, ou aumentam sua intensidade. Dominion é simplesmente imperdível, seja fã da NJPW ou não.
O G1 CLIMAX já vem a estabelecer uma forte presença na comunidade de pro-wrestling a nível mundial, por isso não é de estranhar se você já ouviu falar dela.
O mesmo é outro torneio da NJPW, mas, contrário á New Japan Cup, o G1 segue um estilo de torneio round-robin (tal como mencionado para o Best Of The Super Juniors). Com esse mesmo estilo de torneio, torna-se não numa pura amostra de habilidade, mas numa amostra de resiliência pelos lutadores. O torneio demora 1 mês para ser concluido, tendo cada lutador cerca de 2 a 3 combates de singles por semana (sem contar as tags incluídas). Claro que, para quem vê WWE, isso de lutar 2 a 3 combates de singles por semana não é nada… A questão é o estilo in-ring mais físico que a NJPW tem, que leva a transformar só 1 singles match por semana autenticamente brutal (quanto mais 2 ou 3).
Já vem desde 2012 a tradição de que o vencedor do torneio ganha sua chance de lutar pela IWGP Heavyweight Championship no main-event da Wrestle Kingdom! Onde, até lá, têm de defender essa chance contra outros lutadores (nomeadamente lutadores que venceram aqueles que ganharam essa chance durante o torneio) em vários eventos, principalmente na King Of Pro-Wrestling.
O torneio envolve 20 lutadores (10 dentro do Grupo A e Grupo B), onde se desenrola pelo mês de Julho até meados de Agosto.
“Todos os caminhos levam a Roma”, nossa Roma sendo a Wrestle Kingdom!
Conhecido como o “January 4 Tokyo Dome Show“, existe essa tradição de fazer um evento no dia 4 de janeiro todos os anos pela NJPW no glorioso Tokyo Dome, que já vem desde o ano de 1992. Desde aí, tem se estabelecido como o maior evento anual de puroresu japonês! O equivalente a uma Wrestlemania da WWE, a Wrestle Kingdom é o lugar onde os melhores lutadores da NJPW dão seu tudo á frente de uma gigantesca audiência, tendo sido no ano de 1993 estabelecido o recorde de 63,500 pessoas.
O nome “Wrestle Kingdom” seria apenas adotado no ano de 2007, mesmo ano em que a audiência para o evento começou a descer drasticamente para 18.000 pessoas (consequência do Inokiism, uma era da NJPW que iremos também cobrir) até 2011, onde esses números começaram a subir (eg: a 13ª edição do evento nesse ano de 2019 teve 40.000 ingressos vendidos).
O evento sempre vem a entregar um tremendo main-event, que consiste do atual IWGP Heavyweight Champion, contra o vencedor do G1 CLIMAX (que tenha retido sua chance pela combate na King Of Pro-Wrestling). Somente em brevas exceções, como a 8ª edição da WK, em que o main-event não foi dentro desse esquema.
No fundo, nada se compara a uma Wrestle Kingdom. O evento tende começar com uma estrutura que parte do combate menos importante até a um ponto climático que é o último combate. Depois de ver uma Wrestle Kingdom, você fica sempre desejando mais. É puramente imperdível. Seja fã ou não da NJPW, é religião madrugar no dia 4 de Janeiro para ver homem suado de olho fechado se abraçando no meio de um ringue.
EVENTO BÓNUS
A esquemática dos “Big Four” é quebrada dentro da NJPW, quando o evento pós-Wrestle Kingdom vem a ser juntamente imperdível! Estámos falando do New Year Dash!
Sempre chegando após o maior evento anual de puroresu, vem a New Year Dash, que é semelhante com a atmosfera de um RAW pós-Wrestlemania. O card não é anunciado, sendo todos os combates uma surpresa, como existe um foco em segmentos e afins… Mas, contrário a um RAW pós-Wrestlemania, essa versão da NJPW estabelece as histórias para o ano inteiro.
O exemplo disso sendo Jay White atacando Kenny Omega na NYD de 2018, onde “Switchblade” afirmou terminar com a Bullet Club de Omega… 1 ano se passou, e a Bullet Club é agora comandada por Jay White, e a Bullet Club de Omega (nomeadamente Cody Rhodes, Young Bucks, Marty Scurll e Adam Page) estão fora dela.
A mesma serve como ponto de referência para o ano inteiro da NJPW, sendo todos os detalhes da mesma importantes para conseguir prever o que está para vir!
Concluímos, então, a segunda edição do “Guia NJPW“! Quero, antes de tudo, me desculpar pela demora, e com toda a força do meu coração, prometo que essa inconsistência vai continuar mesmo. Desculpem.
Mas, até lá, não esqueça de seguir a página da NJPW traduzida para português, clicando aqui!
Até a próxima, aishitemasu!
“Seja fã ou não da NJPW, é religião madrugar no dia 4 de Janeiro para ver homem suado de olho fechado se abraçando no meio de um ringue.” Totalmente apoiado nesta frase, companheiro uhehueuheuh.
Eu tenho uma dúvida caso você possa tirar ela para mim. Eu sei que o G1 Climax é o torneio, mas o que é o G1 Supercard?
Eae Lucas!
O G1 Supercard é supostamente o evento que vai desenrolar dia 6 de abril no Madison Square Garden! O mesmo é um simples evento que terá lutadores da ROH e NJPW, mas está totalmente separado do G1 CLIMAX. O “G1” no nome não indica nada, faz apenas parte do nome.
O mesmo é um evento onde a ROH e NJPW procuram causar um impacto na indústria de pro-wrestling nos EUA através da ocupação de uma grande e prestigiosa arena como a MSG, aproveitando o fato da WWE fazer a Wrestlemania em Nova Iorque para trazer novos fãs a verem o evento! Em suma, vai ser um evento divertido com muitos combates importantes para ambas empresas e que promete causar um maior impacto do que o “All In” teria vindo a causar.