Salve, povo!
Em mais uma semana neste espaço, tentarei pensar com vocês sobre uma pergunta que tem deixado muitos fãs da WWE (e até da luta livre, em geral) agitados: será que Vince McMahon vai vender a WWE? Será?
Leia, reflita, comente e, se quiser, sugira temas para próximos textos.
Forte abraço e valeu!
Vende ou não Vende?
Estou escrevendo esse texto alguns poucos dias depois de a WWE ter anunciado a demissão de alguns lutadores e lutadoras de seu plantel. Até aí, nada fora do normal dentro da empresa, pois é uma prática comum da mesma, como qualquer outra empres que tem uma rotatividade muito grande. O que mais causou estranheza foram os nomes das pessoas que foram demitidas sem mais explicações: Lana, Santana Garrett, Ruby Riott, Buddy Murphy, Aleister Black (que tinha voltado em vários segmentos dentro do SmackDown a poucas semanas, com a impressão forte de um push em seu personagem) e Braun Strowman (ex-campeão mundial da empresa, e que estava, nos últimos tempos, constantemente habitando as histórias principais do RAW, tendo lutado, inclusive, pelo título da WWE no último PPV da empresa, até estadata, o WrestleMania Backlash).
Para além dos lampejos dos fãs, que vão, nesse momento, gritar para que algumas dessas pessoas sejam contratadas pela AEW (movimento similar ao que faziam com a TNA/IMPACT Wrestling, na última década), e para além de preocupações sobre o que farão de suas carreiras, pois sei que todos esses nomes tem encaixe em vários setores do pro wrestling e/ou do entretenimento, não passando por grandes apuros, nesse ponto. O que me questiono é: o que significa esse movimento? É apenas uma demissão de pessoas que queriam deixar a empresa e a WWE, simplesmente, não quis segurá-los e os liberou? Será que, depois de anos, Vince McMahon quer botar a WWE à venda (coisa que deixa muitos em polvorosa) e aproveitar a sua fortuna em alguma ilha particular até o fim de sua vida? Ou tem outra causa para além disso?
A WWE, no primeiro dia de junho deste ano de 2021, nomeou três novos diretores para sua empresa. Dentre esses nomes, chamo a atenção para Nick Khan, que foi diretor da Turner e, antes de chegar para ser presidente da WWE e chefe de finanças da empresa, foi um dos diretores da área de televisão do CAA, uma agência de talentos americana – talvez a maior no país e uma das maiores do mundo. Khan tem um modo de gerenciar bastante voltado para a área de entretenimento e menos para o pro wrestling. É um modelo de negócios que, desde que entrou na empresa de luta livre, em agosto do ano passado, tem feito com que a mesma se sustente financeiramente muito bem, durante o processo de permanecer com a maioria dos shows sem público. A ideia de trazer o entretenimento com um viés mais forte não é surpreendente. Um exemplo recente disso é a propaganda que fizeram do filme “Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”, com vários zumbis atacando The Miz e John Morrison, durante o WrestleMania Backlash. Muitos não entenderam o porquê daquilo acontecer tão aleatoriamente. Porém, os cofres dos McMahon entenderam muito bem e agradeceram ainda mais.
Por que dei essa volta toda para explicar vários movimentos de negócio dentro da WWE? Porque, no fundo, a WWE é um negócio. Ele precisa de dinheiro para sobreviver. Ele precisa de admissões e demissões para o alcance dos objetivos – mesmo que, em um primeiro momento, esses passos possam causar um prejuízo inicial. Por mais que doa para gente pensar nisso, nenhuma organização é uma casa de caridade. Ainda mais sabendo do histórico de quem é o dono dessa organização bilionária. No fim, pessoalmente, não acho que Vince McMahon venderá a empresa em sua totalidade. Se ele vender algo, será uma parte. A família não tem o perfil de alguém que largaria o osso com essa facilidade. A única coisa, que insistimos, e precisa ser muito alertado neste espaço, é o grande perigo de uma empresa colocar tanto seus olhos nos números, que esquecem de dar atenção ao que mais importa, que é a razão de existir da sua empresa, que é o esporte de entretenimento. Qualquer negócio não sobrevive sem dinheiro, mas, nem toda a fortuna do mundo pode ressuscitar um negócio que matou a sua missão e deturpou a sua missão. Fora isso, é desejar sorte nos futuros empreendimentos e fazer a vida seguir em frente, torcendo para que não percamos a visão da WWE que nos acostumamos a assistir.
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