Salve, povo!
Em mais um pensamento neste espaço, quero conversar com vocês sobre a (futura) lista de melhores lutadores do ano da PWI e nossa opinião sobre essa lista. Ficou curioso? Leia, comente e sugira próximos temas para tratarmos aqui neste espaço.
Forte abraço e valeu!
Como assim? Que absurdo!
A alguns dias atrás, a renomada revista Pro Wrestling Illustrated anunciou pela sua conta de Twitter, a data de lançamento da trigésima edição da sua já tradicional lista de quinhentos melhores lutadores do ano, a “PWI 500”, já apresentando Jon Moxley como primeiro colocado – merecido por sinal. Os critérios da revista para a elaboração da lista são: recorde de vitórias/derrotas, habilidade técnica, influência no esporte, sucesso contra o mais alto grau de competição, sucesso contra as mais diversas competições e atividade. Porém, não é sobre a revista, exatamente, que estou pensando (se quiser ver mais informações de onde comprar, dentre outros detalhes, clique aqui e veja).
Se em seus primórdios, essa lista já causava polêmica por conta das colocações dos lutadores e a entrada ou não de alguma pessoa, imaginem trinta anos depois, em que a luta livre está mais popularizada e organizada em outros locais fora do eixo Estados Unidos-México-Japão-Reino Unido, e que a comunicação e a emissão de opiniões é, na maioria dos casos, em tempo real, especialmente por conta das redes sociais, foi nelas que achei uma opinião que me chamou a atenção, dizendo o seguinte (em tradução livre da língua inglesa para o português):
“Jon?!?! Isso é ridículo. Eu gosto do cara, não me entenda mal. Mas não tenho certeza sobre ele ser # 1 em TODO o mundo.”
Realmente, quando a gente observa TODO o mundo (em maiúsculo mesmo, como o cidadão postou em sua rede social), não se consegue ter certeza se Moxley é realmente merecedor do primeiro lugar neste ranking. Afinal, são muitas promoções de luta livre em todo o planeta, desde as de fundo de quintal até as mais abastadas financeiramente e de público, e elas mostram inúmeros lutadores e lutadoras todos os dias para nós. Algumas vezes, pensamos que nem teremos condições de acompanhar tudo o que é mostrado, mas, acabamos acompanhando de alguma forma.
Porém, no meio de toda essa ação que é colocada sobre nós, uma coisa acaba sobressaindo e precisa ser muito vista nos tempos atuais: o subjetivismo. Ou seja, a famosa opinião pessoal. Cada um tem a sua e não dá pra ter um “controle de uniformidade” delas. Desafio vocês a pararem agora e perguntarem em suas redes sociais quais são os três lutadores favoritos daqueles que o seguem, é quase certo que todos terão opiniões diferentes, com motivações diferentes para cada posição. E ainda corre o risco de que, se vocês fizerem a mesma pergunta uma semana depois, as opiniões serem completamente diferentes, com motivações totalmente diferentes daquelas apresentadas na semana anterior.
Nesse mundo fluido, em que as relações, opiniões e sentimentos mudam a cada story visto, a cada curtida dada e a cada “lacrada” feita, querer que um ranking, estático, baseado em critérios específicos, feito por pessoas específicas, com visões e sentimentos diferentes dos seus sobre a luta livre e a vida. A lista tem o seu glamour, a sua tradição e o seu charme, mas é extremamente necessário que tenhamos olhar crítico em cima dos diversos aspectos que cercam a construção de um ranqueamento, como o feito pela PWI.
O dia em que quisermos ser a voz da razão em meio aos meros mortais (ui!), criemos em nossa janelinha de rede social o “[Insira seu nome aqui] 500”. Mas, tenha a certeza de que terá alguém, atrás da telinha de um celular, tablet ou computador, em algum canto deste mundo, que discordará demais de você e te achará o pior dos seres humanos do planeta por achar que aquela pessoa está e o outro não está na sua lista.
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