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Pra Ser Sincero #11 – A Arte da Derrota

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Olá, eu sou Gabriel Goto e este é o Pra Ser Sincero! Para esta semana, irei abordar algo sempre muito polêmico em nosso meio. Afinal, perder no Pro-Wrestling é relevante ou não? Tudo é para fazer o Roman Reigns parecer forte? Vamos lá!

Começando com um pequeno ditado: “Vitória ou derrota no Wrestling não importa.” e eu concordo em partes com isso, pois é claro que importam, dão todo um momentum para determinado lutador, por exemplo na época da Shield tinha o Reigns como principal finalizador de seus combates, isso fez com que ele fosse considerado o líder de algo que não deveria ter líder. Então, concluo que não importa a derrota e sim a forma como ela acontece.

Um exemplo muito recente de que derrotas pouco importam: Zack Ryder. Que até março não era ninguém (não que ele agora seja), mas em um curto período de tempo o nosso amado Broski foi importante. Afinal, na Wrestlemania ele ganhou o Intercontinental Championship! Sim, ele perdeu na noite seguinte, mas este esporte, essa arte é simplesmente feita de momentos que são eternizados e Ryder foi eternizado na Wrestlemania 32.

Além disso, ele perdeu o título para o Miz que também não andava bem das pernas e julgo dizer que a presença de Maryse ao seu lado era o que faltava para a sua atual gimmick deslanchar, estou gostando bastante do trabalho de ambos neste atual momento. Com isso, podemos desmitificar o tal mito de que uma longa sequência de derrotas possa ser vital, pois temos o exemplo de Ryder e Miz recentíssimos. Além deles, temos o Dean Ambrose que ganha uma rivalidade a cada cinco, mas até certo ponto acaba sendo relevante como upper-midcard.

Outro grande exemplo é a dupla que subiu recentemente do NXT Enzo Amore & Colin Cassidy que quantas oportunidades de se tornarem campeões de duplas no NXT e perderam? Muitas, creio eu e mesmo assim continuaram sendo dois dos mais ovacionados (Takeover: London, coisa linda) e no main roster estavam importantes (Volte logo, Enzo).

Pronto, joguei na mesa os nossos “perdedores premium”, mas e aqueles como Tyler Breeze que nesse ano perdeu umas 70 lutas e agora forma a tal da “Gorgeous Truth” com o nosso amado R-Truth. O fato é que até no NXT o Tyler sempre perdia uma boa parte das suas lutas, suas últimas duas lutas no Takeover foram contra o Liger em Brooklyn e contra o Apollo no Respect, perdeu ambas. Disputou o NXT Championship, perdeu, #1 Contender match que perdeu para o Finn Balor.  Ou seja, Tyler nunca foi um “top guy” então pode-se dizer que a WWE não está desperdiçando ele.

Porém, ele é sim muito talentoso, mas a sua gimmick não é nada original e sem nenhum potencial, acredito que onde ele esteja agora é o suficiente, pois necessitamos dessa hierarquia no Pro-Wrestling/Sports Entertainment se tivessem só vencedores não teria graça alguma, teria? Seria tipo o UFC com o cara com o cartel 11-0 e o outro 8-0 quem será que ganha? A luta acaba em 14 segundos nocaute magnífico uhulllll.

Isso leva a famosa “Squash Match” que é quando determinado lutador arrasa com o seu oponente em poucos minutos. Porém, isso ocorre no Raw e no Smackdown (Não sei, não assisto) para que o vencedor tenha certa “moral” o tal do momentum e o cara que perde normalmente já está conformado e está apenas fazendo o seu papel na peça. Uma peça que necessita sempre de todos os seus nomes, desde o protagonista até o cara faz a árvore e fica lá no canto sem ninguém reparar.

Damien Sandow, foi jogado numa personagem ridícula e transformado no dublê do The Miz e fez de si próprio uma estrela quando estava no fundo do poço e mesmo assim, quando pensamos que ele seria alguém, ele não foi. Recentemente, ele foi demitido e anunciado para fazer aparições na Global Force Wrestling, empresa do Jeff Jarrett e que vocês se quer viram algum show deles? Nem se quer um iPPV, que tristeza! Porém, sabemos que há sim vida após a WWE.

Temos Drew Galloway como World Champion na TNA, sim TNA não é “big deal”, mas eles tem um título que foi carregado por grandes nomes do Pro-Wrestling como Kurt Angle, Sting, Jeff Hardy, Christian e por aí vai, podemos fazer piadas com a Total Nonstop Action, mas eles tem um grande mérito no que é o Pro-Wrestling hoje: O NXT com Samoa Joe, Eric Young, Austin Aries e muito possivelmente o Bobby Roode e no roster principal o AJ Styles (Todos ex-TNA World Champions) mostrando que lá é um lugar que tem qualidade, mas que tornou-se motivo de piada quando tentou ser uma “segunda WWE”, ao invés de permanecer sendo apenas TNA.

Por que eu falei do Galloway? Porque o McIntyre de “Chosen One” tornou-se membro da air-band 3MB e eu não sei vocês, mas eu gostei de ambas as gimmicks, cada uma em seu contexto. E muito recentemente, no EVOLVE 61 tivemos Johnny Gargano vs Drew Galloway com interferência de Ethan Carter III ou Derrick Bateman e que deu continuidade numa feud “WWE vs TNA” na EVOLVE. E sério, vejam esta promo do EC3, que cara talentoso!

Isso acaba nos dizendo uma outra coisa: É impossível todos fazerem sucesso na WWE, mas nada impede de que eles façam fora dela. E não apenas na TNA, temos K.E.S que é uma dupla entre DH Smith (former WWE-Tag Team Champion com a Hart Dinasty) e o Lance Archer, ambos ex-WWE Superstars e uma dupla muito interessante hoje no Japão.

Ter uma sequência enorme de derrotas, não é ser fracassado. É apenas cumprir um papel inevitável nesta arte. Pode haver um dia dos papéis se inverterem, pois embora seja difícil sair desse posto, nada acaba sendo impossível.

Este foi mais um Pra Ser Sincero, não deixem de comentar expressando a sua opinião ou coisa do tipo, fortalece o meu trabalho e tudo mais, espero que tenham gostado e até a próxima semana!

5 Comentários

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  1. Belo texto. Mas será que você continuará pensando assim na próxima vez que Bray Wyatt perder? Ou só vale pra justificar as sequências de derrotas de Ambrose, Zayn e Styles, por exemplo?

    • Eu sou muito fã do Bray Wyatt, acho tudo que ele fala genial e pelo que dizem, sendo ele que escreve as próprias promos ainda mais incrível. Infelizmente, ele não tem o destaque que a sua qualidade como orador impõe, porém mesmo com todas essas derrotas ele ainda é capaz de fazer uma rivalidade ficar interessante. Porém, quando talvez a Wyatt Family viesse a conseguir destaque com um ~face turn~, ele se lesionou… Espero que em sua volta ele seja o que ele não conseguiu ser anteriormente.

      • Isso é fato: Bray Wyatt pode perder muito mas tem uma capacidade extraordinária de mic, pense da seguinte forma: A WWE está sendo esperta em manter ele no embaixo, ele é novo, tem 28 anos, daqui um tempo vai estourar como main eventer da empresa e depois daí ninguém segura esse cara, todo mundo gosta dele é muito bom em vários sentidos, se for vista a possibilidade dele pegar esse “manto” do Undertaker, ele continuará sendo main eventer, e não precisa de title nenhum para tal, pra esse tipo de wrestler Title acaba virando uma consequência e não sinal de grandiosidade.

  2. Cara, coitado do Enzo. A dupla estava em um momento otimo logo na “largada” do Main Card, bem recebidos..Vamos esperar que o Hype se mantenha e não virem um Fandango da vida

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