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The Onion’s Report #01: A universalização da WWE

E aí fã de wrestling, tudo bem? Eu me chamo Vitor Matheus, apelidado carinhosamente (ou não) de Cebola, e esse aqui é o primeiro The Onion’s Report! Antes de tudo, queria dizer que minha felicidade em poder escrever sobre algo que tanto amo, é enorme. Até pelo fato de por muito já ter pensado em buscar a oportunidade de escrever em um blog, e quando vi o Editorial falando da abertura de vagas, corri pra mandar os e-mails, e aqui estou, no maior blog Brasileiro de Pro-Wrestling.

Poderia falar mais uns 4 paragráfos sobre mim, mas isso é uma crônica, não um diário, então, se você quer saber o que eu quero dizer como Universalização da WWE, clica aí no “ver mais”.

Eu aposto que tem alguém lendo esse título e essa breve apresentação, e pensando: “Mas a WWE já é uma empresa universal”. Sim, se você pensou isso, você está certo, a WWE é a maior empresa de Pro-Wrestling do mundo e tem seu produto transmitido no mundo inteiro, o que lhe faz uma empresa universal.

Porém com “universal”, me refiro não apenas as fronteiras territoriais, e sim as fronteiras do conteúdo. O que mudou na minha opinião foi o fato de quê a WWE sempre passou o Wrestling Americano pro mundo inteiro. E agora, sinto que a WWE aos poucos tenta mudar essa concepção, buscando passar o conteúdo do mundo todo, pro mundo todo.

Talvez pareça confuso, mas quem assistiu o passado NXT Takeover Brooklyn (22/08), se reparar bem, vai entender do que eu estou falando.  Para muitos a presença de Jushin Liger, foi apenas uma aparição, ou a WWE trazendo para o público um Wrestler diferente, ou qualquer coisa do gênero. Eu não vejo assim.

Creio que trazer um wrestler que pra WWE não é muito importante, sendo esse apenas uma lenda japonesa (que nunca foi o público alvo) significa muito. Significa trazer alguém que represente o público oriental, alguém no qual os japoneses possam olhar o card e dizer: “O Jushin vai estar lá? Verei”. Fora o fato de que isso traz uma diversidade maior no estilo de luta, pois o puroresu é muito diferente do clássico wrestling americano.

Claro que com isso não quero dizer que a WWE trouxe uma luta no estilo Puroresu, longe disso, creio que ela fez na verdade uma adaptação, que provavelmente deve ter sido pouco trabalhosa, tendo em conta que tratamos de um wrestler muito experiente, para o estilo que o NXT apresenta. Estilo esse que é diferente do que a WWE apresenta.

Penso inclusive que essas diferenças entre o estilo WWE de luta, e o estilo NXT, são o que fazem o produto valer a pena, pois eles conseguem atingir um grupo diferente de fãs, agregando mais ainda a empresa. A WWE pode muito bem fazer isso, e finalmente começou a fazer algo desse tipo.

Nos 13 anos de história sob o nome de WWE, nunca se viu as mulheres tendo tanto tempo de luta e com um cuidado tão grande para com elas. O NXT é parte vital disso, tendo revelado e aperfeiçoado mulheres como: Sasha Banks, Bayley, Charlotte, entre outras. Bayley vs Sasha Banks no Brooklyn foi a prova cabal do que argumento aqui.

Para quem precisava ver empresas como SHIMMER ou SHINE quando buscava ver um bom conteúdo de lutas femininas pode, pelo menos por enquanto, e nós esperamos que para sempre, encontrar dentro da WWE o que procura.

Por último, mas não menos importante, a busca pelo fã das indies. Empresas como ROH, PWG e EVOLVE, trazem uma fanbase muito similar com a da ECW. São fãs que fazem algo muito maior do que apenas assistir e acompanhar os shows, pois são fãs que vivem a empresa, que estão, ou pelo menos, buscam estar em contato direto com tudo que se passa ali dentro.

Diante disso, fazer crescer nomes como Kevin Owens, Sami Zayn, Neville, e até os que ainda estão sendo produzidos, como Apollo Crews, Baron Corbin, entre outros, é essencial para permitir que essa “ideologia” seja mantida no futuro. Não vou me estender muito dentro desse assunto, pois meu amigo e grande cronista Mateus, já fez um texto incrível tratando de toda essa mudança na estratégia de produção de Wrestlers da WWE, lá no seu WWE Conclusions, então leiam lá, depois que terminarem de ler aqui, é óbvio.

Claro que isso não é perfeito, nem garante que a WWE tenha agora um futuro garantido oferecendo um conteúdo universal e mais atraente pra todos os públicos, mas é, pelo menos, um “fogo de palha”, que eu pessoalmente espero que se espalhe bastante.

Falo isso por que já estou cansado de ver a anos um produto saturado, com personagens óbvios, lutas que são muitas vezes mal-produzidas, e até o abandono muitas vezes dados a certas divisões (Tag Team e Divas por exemplo).

E é isso pessoal. Não tenho mais nada a dizer sobre o que penso, logo esse texto acaba aqui. Torço para que tenham se agradado do que falei, e que no caso de discordâncias, comentem tudo que pensam aqui, para que possamos discutir bastante sobre. Até mais ver!

3 Comentários

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  1. A única coisa que me deixa decepcionado nesta mudança na WWE é a quantidade de combates repetitivos que temos.

    Owens x Cesaro, Rusev x Ziggler, por exemplo, são ótimas feuds se trabalhadas, mas não se deve ter combates entre eles todos os RAW e Smackdown.

    Do mais, desde a inclusão do SHIELD a WWE vem tentando mudar o foco aos poucos de seu produto e até está interessante, mas falta muito pra chegar num nível muito bom.

    Ótimo texto.

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