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My Way #1 – Um ano de mudanças e consolidações na WWE

O ano de 2020 vai ficar marcado por momentos extremos na WWE e no wrestling como um todo. Do retorno inesperado de Edge, durante a Royal Rumble, passando por uma pandemia, a importância do “Speaking Out” e finalizando com a trágica morte de Jon Huber. Um ano totalmente atípico e que vai ficar na memória do fã de wrestling durante muito tempo, tanto pelos pontos positivos, quanto pelos negativos.

Contudo, uma das notícias que mais me chamou a atenção foi a de que 2020 representou a primeira vez, desde 2004, em que o RAW passa o ano todo sem uma única aparição de John Cena. Aliado a isso, tivemos a aposentadoria de Undertaker. Dando as devidas proporções a cada um desses eventos, a mudança de nomes dentro da companhia fica clara – com foco em quem a WWE recorre para segurar as pontas em momento de crise.

Undertaker WWE
Undertaker em sua última Wrestlemania

Mudança essa que à primeira vista pode parecer forçada, já que ainda temos Edge, Orton, Rey Mysterio, Shelton Benjamin, MVP, Bobby Lashley AJ Styles e outros bastante estabelecidos dentro da indústria fazendo papéis fundamentais nos shows semanais. O próprio Orton teve um dos anos mais espetaculares de sua carreira e foi superimportante para a estabilidade dos shows (se é que podemos chamar de estabilidade algo no caos dos shows das duas brands principais da WWE).

A questão principal se baseia no fato de que 2020 representou a consolidação de nomes no topo da empresa que não vem da primeira década dos anos 2000s. Uma pesquisa rápida e vemos os dois principais títulos com Roman Reigns e Drew McIntyre. Roman, gostando dele ou não, é o principal nome hoje para carregar a empresa no futuro próximo e Drew, por mais que tenha sua história começando nos últimos anos da década de 2000, teve sua consolidação e evolução nessa década que termina. Na divisão feminina temos Asuka e Sasha Banks, dois nomes que tiveram seu crescimento e estabelecimento, também nessa década.

Roman vira a década sendo Universal Champion

Para uma empresa como a WWE, que durante muito tempo sofreu com o estabelecimento e consolidação de novas estrelas, iniciar uma década com nomes que vieram da sua brand de desenvolvimento, ao menos o que era na época a brand de desenvolvimento, é extremamente importante. Existem coisas a serem melhoradas? Claro, tanto na questão dos shows em si, quanto na questão da transição de nomes em desenvolvimento para o plantel principal. Exemplo disso é a quantidade de lutadores e lutadoras que não conseguem se fixar e crescer no plantel principal, seja pela maneira como são bookadas ou por adaptação.

O wrestling sempre foi um esporte que depende muito de pessoas antigas bem estabelecidas e lendárias para as principais posições, já que esses são os que geram mais dinheiro, mas não podemos negar também o fato de que em 2020 a WWE conseguiu estabelecer uma nova geração para carregar a empresa para a próxima década e essa é, sem dúvidas, a melhor conquista que a companhia poderia ter no ano de 2020.

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